quinta-feira, 9 de abril de 2009

esperas..


É oficioso. Depois de no primeiro dia da entrada do novo código das estradas, os taxistas sem condições de circular, a grande maioria, ficaram parados e impediram os restantes poucos de circular. Os argumentos seguiram pelas vias oficiais da ameaça nada velada e da pancadaria cordial. Entra a polícia com mais fraternidade e com a compreensão devida ao caso e eis que tudo acalmou… até ao raiar do dia seguinte..
Agora, o táxi é um espécime de raro vislumbre nas ruas. Assim, estas passaram a ter as bermas calafetadas de pessoas à espera de um qualquer meio de transporte que as leve mais perto de casa. Um dos nossos colegas nativos sai de casa pelas 6:10 e chega ao trabalho pelas 7:40, vindo que vem calmamente a penantes…
A imposição da lei de forma peremptória está a causar um embaraço dos diabos pela cidade e os autocarros que foram comprados para transportar as pessoas que vieram ver o Papa ainda não estão todos em circulação. O problema é a falta de condutores habilitados para operar os autocarros, boa parte deles de turismo!!, ah pois é. A discussão se a medida é boa ou má gera alguma controvérsia.
Por um lado, o caos nas estradas tem de ser minorado, por outro o organismo da cidade não está minimamente preparado para responder às necessidades da população.
No domingo ao fim da tarde fomos inaugurar o jogging de temperatura elevada pela marginal de Luanda (começo a perceber na pele porque é que os rapazes de África são bons nas longas distância…) e pela berma vimos 4 veículos arrebentados, consequência de Sábado à noite. E pelo que vimos a caminho de casa estava uma noite bem calma..
Estamos perante uma decisão pertinente. Tirar carros e condutores desequilibrados da estrada ou bloquear os movimentos já entrelaçados dos habitantes? Por mim, não há resposta, e como indício das inevitabilidades da existência, os que foram vão esperar no além, os outros que vão ficando esperam ao pó…

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